Os Fósseis

 FÓSSEIS


A palavra fóssil vem da palavra latina fossilis que significa extraído da terra, isso porque os fósseis sempre são encontrados em rochas sedimentares. 

Desta forma, fósseis são organismos que existiram antes da época geológica atual, e que deixaram restos ou vestígios de sua presença registrados nas rochas do nosso planeta. 

Fóssil, s.m., todo e qualquer vestígio orgânico, somático ou de atividade vital preservado em contextos geológicos e identificável com o seu produtor.


Fósseis são restos geologicamente alterados de um organismo que já viveu e/ou de seu comportamento. Existem dois tipos principais: os somatofósseis ou fósseis corporais, que representam a totalidade ou parte do corpo do organismo que sofreu fossilização, como dentes, carapaça, exoesqueletos, esqueletos ósseo, conchas etc... e os icnofósseis ou vestígios fósseis; estes mostram evidências do comportamento do organismo, como trilhas, rastros, ninhos com ovos, etc.  

Como determinar o que é e o que não é fóssil?

1) As estruturas devem estar em rochas de proveniência conhecida (estruturas semelhantes restritas a uma área e período de tempo semelhantes)
2) As estruturas devem ser indígenas às rochas, não no topo da superfície, etc.
3) As estruturas devem ser formadas ao mesmo tempo que o sedimento
4) As estruturas devem ter se formado em um ambiente adequado para a vida
5) As estruturas deverão ser de origem biológica garantida; ou seja, preservando indicadores químicos de tecido biológico.
6) As estruturas devem apresentar evidências de tafonomia; ou seja, diferenças na preservação causadas pela decomposição ou fossilização sob diferentes condições ambientais.
7) As estruturas devem mostrar evidências de biotecido; isto é, variações nos tipos de tecido nos organismos.

Os cientistas que estudam fósseis são chamados de paleontólogos. Os fósseis são de particular interesse para os geólogos, pois podem ajudar a determinar a idade de uma rocha específica em comparação com outras rochas ou a identificar o ambiente em que a rocha foi formada.

Paleontologia é a ciência que se dedica ao estudo dos fósseis e suas aplicações. Não se trata apenas de uma ciência meramente descritiva, ela se preocupa, também, com o conhecimento total dos organismos que antecederam os atuais, com seu modo de vida, condição ambiental sob as quais se desenvolveram causas da sua morte ou extinção e prováveis relações filogenéticas entre organismos do passado e atuais. 

A história dos fósseis é também a história da migração dos continentes, deriva continental, das mudanças climáticas, das extinções em massa e das modificações ocorridas na fauna e flora ao longo do Tempo Geológico.

Fósseis, como já vimos, são restos ou vestígios de animais e vegetais preservados em rochas sedimentares. 
Restos são partes de animal (ex.: ossos, dentes, escamas, placas ósseas) ou plantas (ex.:, folhas, esporos, pólen, frutos, sementes troncos) e vestígios são evidências de sua existência ou de suas atividades (ex.: pegadas, impressão de folhas vegetais)

Dito de uma forma diferente: fóssil é todo resto ou vestígio de vida antiga que foi preservado por processos naturais e encontra-se em rochas sedimentares.

Assim, fósseis são restos ou vestígios de vida antiga que foram preservados por processos naturais, desde esqueletos espetaculares até minúsculas conchas. Impressões, trilhas e rastros também podem se tornar fossilizados, como pegadas de dinossauros ou tocas, túneis de minhocas. Estes são chamados de vestígios fósseis. Assim, um fóssil pode ser definido como, um remanescente, impressão ou traço de um organismo de eras geológicas passadas que foi preservado na crosta terrestre, através de processos naturais.

Os fósseis são encontrados em rochas sedimentares, rochas formadas a partir de sedimentos (fragmentos de rochas preexistentes) que são transportados por agentes como vento e rios e são depositados em bacicas sedimentares. Portanto, a gênese de um fóssil muitas vezes está diretamente relacionada à gênese da rocha sedimentar na qual está incorporado. É na rocha que estão as informações sobre o ambiente habitado pelo ser vivo ou, no caso de transporte de material biológico, o ambiente em que foi enterrado.

Fósseis de ossos, troncos e folhas são classificados como restos (ou somatofósseis), visto que representam a preservação de partes do corpo do próprio organismo. Já pegadas, fezes, tocas e trilhas são classificados como vestígios (ou icnofósseis), estruturas resultantes da atividade em vida de um organismo que modifica o substrato e é preservada no registro fossilífero.

fossilização é um processo que varia de acordo com o tipo de material fossilizado, as características do sedimento ao qual é incorporado e de acordo com o tipo de ambiente em que ocorre.

Fósseis podem ser tanto os restos de organismos que resistiram ao tempo, como conchas, dentes, ossos, carapaças, matéria orgânica carbonizada ou mumificada, etc., até vestígios biológicos indiretos, como moldes ou réplicas de conchas e folhas ou marcas indicativas de atividades biológicas pretéritas (pegadas, pistas, etc.).

Tipos de fósseis
OS DOIS TIPOS FUNDAMENTAIS DE FÓSSEIS

Dependendo de sua constituição, os fósseis podem ser classificados em dois grandes grupos conforme as suas características de formação. Somatofósseis e icnofósseis. 

Somatofósseis
 
Os somatofósseis são chamados assim pois são formados pelas estruturas do próprio organismos, como ossos, cascos, dentes, troncos e folhas.

Icnofósseis 

Os icnofósseis são formados por marcas de atividade, especialmente, animal, como pegadas, rastros e marcas de dentes.
Os icnofósseis, que também podem ser chamados de icnitos, incluem bioturbações (produção no sedimento de pistas, escavações e túneis), bioerosões (orifícios ou tubos resultantes da escavação mecânica ou bioquímica em um substrato rígido), coprólitos (excrementos de animais fossilizados), ovos e ninhos de vertebrados e invertebrados. Pseudoicnofósseis são marcas de onda, gretas de contração, marcas diversas, escape de gases e moldes de sais que se parecem com as marcas produzidas por animais e vegetais (CARVALHO; FERNANDES, 2000; FERNANDES; CARVALHO;

TIPOS DE FOSSILIZAÇÃO 

A fossilização pode dar-se de diferentes modos, e alguns dos tipos de fossilização existentes são descritos a seguir.

1) Incrustação
A incrustação ocorre quando substâncias trazidas pelas águas que se infiltram no subsolo depositam-se em torno do animal ou planta, revestindo-o. Ocorre, por exemplo, em animais que morreram no interior de cavernas. Dos materiais que se depositam os mais comuns são calcita, pirita, limonita e sílica. Os famosos peixes fósseis da Chapada do Araripe parecem ter se formado dessa maneira: morto o animal, ele foi para o fundo do mar e, ao começar a se decompor, passou a liberar amônia. Essa gerou um ambiente alcalino em torno dos restos, promovendo a precipitação de bicarbonato de cálcio. Isso explica por que as concreções hoje encontradas têm sempre forma e tamanho semelhantes aos do animal ou grupo de animais recobertos.

2) Permineralização
A permineralização é astante frequente, ocorre quando substâncias minerais são depositadas em cavidades existentes em ossos e troncos, por exemplo. É assim que se forma a madeira petrificada.

3) Recristalização
A recristalização é o rearranjo da estrutura cristalina de um mineral, dando-lhe mais estabilidade. Exemplo clássico é a transformação de aragonita em calcita.

4) Mumificação ou conservação total
A mumificação ocorre em ambientes muito secos e áridos. Nesse tipo ocorre a rápida desidratação que leva à preservação de animais (inclusive de corpos humanos).

5) Carbonificação ou incarbonização
A carbonificação ou incarbonização corre quando há perda de substâncias voláteis (oxigênio, hidrogênio e nitrogênio principalmente), restando uma película de carbono. É mais frequente em estruturas formadas de lignina, quitina, celulose ou queratina.

6) Moldagem 
Tipo de fossilização em que o ser vivo desapareceu totalmente, deixando um molde das suas partes duras (conchas, dentes, ossos…) nas rochas sedimentares.
O organismo ou partes imprimem um molde em sedimentos finos, que o envolvem ou preenchem, que persiste, mesmo que o organismo seja posteriormente destruído.
Neste processo diferenciam-se duas formas de relevo: 
Molde externo 
Quando a parte exterior do ser vivo desaparece, deixando a sua forma gravada nas rochas que o envolveram. 
Molde interno 
Quando os sedimentos finos entraram no interior da parte dura (ex: concha) e quando esta se dissolve fica o molde da parte interior. 
Contramolde
Podem formar-se contramoldes dos moldes internos e externos, se estes forem, posteriormente, preenchidos por sedimentos.(files)


 

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